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O Impacto da Tecnologia nas Novas Profissões.

Sidney Cohen
Palestrante.
CEO da Bit Partner Consultoria Empresarial.
CEO do PME NEWS.

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O impacto da Transformação Digital que tem como reflexo a Tecnologia Disruptiva, atinge fortemente o mercado de trabalho.  Estamos diante de uma Revolução Digital, a exemplo da Revolução Industrial no século XVIII, que foi responsável por uma forte transformação socioeconômica, a Indústria de hoje leva o rótulo 4.0 e se propaga para os demais setores.

Bem-vindos ao Mundo 4.0! Mas, e agora? Como ficam os profissionais do “Mundo 3.0”? É fácil fazer um “upgrade” para a “versão 4.0”?  E a turma da geração X, Y, Z? Aparentemente os Ys e Zs largam na frente, assim mesmo precisam estudar e estar sempre antenados. Mas, e os da Geração X? Eu sou desse time. O ponto forte é que temos a experiência e pode ser o diferencial frente a tanta inovação, mas é preciso saber “Como”, “Quando” e “Onde” usá-la.

Mudança, Transformação e Adaptação, são as palavras-chaves e as áreas que se destacam nesse momento lançam novas profissões ou aproveitam as que já existem e são utilizadas para atender a nova demanda. Para ambas, boa parte é valorizada. Destaco algumas delas a seguir.

Cibersegurança

O uso do aplicativo para acessar contas do banco, pedir uma refeição ou um taxi, são hábitos comuns hoje, de origem da transformação digital, mas que requer uma atenção quanto à segurança digital. Associado a isso, entrará em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em 2020, que estabelece regras claras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, e qualquer um que não cumprir as normas poderá pagar multas que podem variar entre R$ 50 milhões e 2% do faturamento total da empresa. O profissional da área de segurança digital que já é bem demandado, com a lei, tem seu “passe” valorizado. O salário de um analista de segurança pode chegar a R$ 12 mil e de um Gerente de Segurança da Informação a R$ 25 mil.

Nova oportunidade com a LGPD…

Com a LGPD surge também um novo cargo, o DPO (Data Protection Officer), tradução do inglês: Encarregado de Proteção de Dados. Ele será o responsável por aconselhar e verificar os dados pessoais de terceiros, obedecendo às normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação no Rio Grande do Sul (Assespro-RS), o salário pode chegar a R$ 20 mil.

BIG DATA

O Big Data concentra um grande volume de dados, que não está restrito aos dados tradicionais, chamados de estruturados, mas também, aos não estruturados (emails, posts de redes sociais, vídeos, geolocalização, dentre outros). E devido à complexidade das informações, novos profissionais surgem para tratar, analisar e entender melhor tudo que está em sua volta e principalmente aos negócios, gerando análises mais assertivas quanto à estratégia a ser aplicada.  Os Cientistas de Dados, Analistas de Big Data e Business Intelligence, são alguns desses profissionais. Um profissional bem remunerado nessa área é o Engenheiro ou Head de Big Data, o salário pode chegar a R$ 30 mil.

Marketing Digital

O Marketing é uma área que faz acontecer e que está sempre atenta às tendências e inovações. Antes tinha como centro das atenções o “Produto”. Depois passou a focar o “Cliente”. Com o advento da Internet, esse foco passou a ser mais direcionado aos detalhes, inclusive aos seus hábitos. E o formato digital fortalece um maior engajamento nesse processo com os clientes. O conteúdo passa ter maior relevância e o Marketing se encarrega de ser o meio de propagação. É o Marketing de Conteúdo que ganha projeção com as redes sociais e faz parte da estratégia do Marketing de Atração, ou Inbound Marketing, que tem a proposta de captar potenciais clientes através de cliques nos links dos conteúdos gerados. Além do engajamento, o Marketing de Conteúdo proporciona uma maior credibilidade do que os anúncios e os posts pagos. Um analista de marketing digital ganha em média R$ 4.500,00 (fonte: Revelo) e o salário de um Coordenador de Marketing Digital varia de R$ 5 mil a R$ 9.500,00.

Desenvolvedor de Software

O Software é o programa que está presente em tudo que envolve tecnologia, do corporativo, como o Software de Gestão Integrado (ERP), ao pessoal, como os aplicativos mobile. Nestes, há casos em que basta um clique no celular para acionar aparelhos eletrodomésticos. É o IoT (Internet das coisas) e que ganhará mais força em breve com a chegada da tecnologia 5G no Brasil.  A Era da transformação digital contribui e muito para os profissionais dessa área. O salário de um Desenvolvedor de Software de ERP varia de R$ 2mil a R$ 9mil e um Desenvolvedor para Aplicação Mobile, de R$ 6mil a R$ 13mil.

BlockChain

O BlockChain é uma tecnologia que serve de base de registros e dados distribuídos e compartilhados, com a proposta de criar um índicie global para as transações de um determinado mercado. É como se fosse um livro contábil público, que registra as transações de uma moeda virtual (a mais conhecida é o BitCoin) em uma cadeia de blocos e de forma transparente, qualquer pessoa pode participar.

Profissionais da área contábil, direito e tecnologia são requisitados para essa área. O salário de um Desenvolvedor Blockchain varia de acordo com o mercado. Segundo o portal 101 Blockchains, em matéria publicada em 7 de março desse ano, aponta que no Reino Unido o salário do mercado corporativo pode chegar a US$ 140 mil por ano, porém, nas startups da região, o salário não chega a US$ 60 mil/ano.

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial é um avanço da tecnologia que simula a inteligência humana. Porém, há barreiras a serem quebradas, principalmente quando o assunto envolve empregabilidade e a ameaça dos robôs nesse processo é real. A relação tecnologia x humanização também causa resistências, mas, os profissionais dessa área a tomam como grande desafio e se dedicam para tornar os sistemas robóticos mais humanizados. Profissionais da área de tecnologia da informação, matemática e engenharia da computação atendem o perfil e o salário varia de R$ 6 mil a R$ 10mil.

*Os valores referentes aos salários que não foram citadas as fontes, referem-se ao estudo realizado pelas empresas Robert Half, Talenses, Page Personnel e Catho, encomendado pela Revista Exame e publicada em Dezembro/18 sobre as tendências para esse ano.

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